Três horas de reunião. Dezanove pessoas: blá, blá, blá. Um dos presentes lê com voz monocórdica um documento qualquer. Ninguém parece interessado
no que se está a passar. Os homens são feios. As mulheres são feias. Menos uma.
A deputada. A boazona. Cruza os braços e também não diz nada. Nem ela nem eu.
Quando é que acaba este martírio? Alguém propõe uma votação. Acho que vou votar
ao lado da maioria. Não sei o quê. Também não deve ser muito importante. Sorte
a minha: a proposta foi aprovada por unanimidade. Provavelmente referia-se à
viagem longa da boazona deputada de braços cruzados comigo para longe da
reunião.
quinta-feira, 7 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
Papa Bento XVI
Ninguém o compreendeu. Foi ignorado, apenas tolerado por todos. Até que
resolveu recusar o lugar ao qual os homens da igreja aspiram nos sonhos mais
inconfessados. Aí, sim. Finalmente reconheceram-lhe a grandeza de alma. Um
verdadeiro príncipe da comunidade de Cristo, disseram em uníssono. Idiotas.
Como se o esplendor da racionalidade só se adivinhasse a partir dos grandes
gestos, do espectáculo gratuito.
Esquecendo-se, todos eles, que a base teórica daquilo que mais importante se escreveu e se implementou na igreja nos últimos 50 anos, em grande parte se deve a ele.
Em Fátima os peregrinos não compravam os “santinhos” do papa-filósofo. Podem agora ficar descansados os donos das lojas do comércio religioso. O espectáculo vai começar outra vez.
Esquecendo-se, todos eles, que a base teórica daquilo que mais importante se escreveu e se implementou na igreja nos últimos 50 anos, em grande parte se deve a ele.
Em Fátima os peregrinos não compravam os “santinhos” do papa-filósofo. Podem agora ficar descansados os donos das lojas do comércio religioso. O espectáculo vai começar outra vez.
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