sexta-feira, 14 de junho de 2013

Jardins distantes


Estão distantes os jardins de nós os dois. Não falamos as mesmas palavras, não olhamos a mesma lua. E o caminho é o mesmo de sempre. Perdemo-lo hoje, eu sei, mas quem sabe amanhã? O amor está à nossa espera – que nos lembremos dele, ingénuo, branco, gargalhada em cascata. As mãos de ambos sabem tudo isto. São sábias de se quererem juntas. Outra vez. Da mesma forma que as soltamos de suor novos de tudo experimentar. Doce inocência. Tal como deveríamos ser sempre. Meninos novos de rosto belo e velho. Quase tanto como a lua.