sábado, 12 de novembro de 2016

Reportagem do dia com a Lúcia de Jesus Purificação dos Santos


Têm razão, minhas amigas. Foi o típico momento de fraqueza dos noivos. Pensei melhor no caso, recorri aos meus companheiros de sempre — Heidegger, Levinas, Kierkegaard — e encontrei a resposta às minhas dúvidas na teoria da relatividade de Einstein: o facto de haver tanta gente a gostar de comer caracóis, não significa que eu tenha de tolerar o malfadado petisco.
E foi assim que me decidi pela Lúcia. Passamos o dia de ontem a passear. Os dois, de mão dada. Fomos visitar o MAAT, o Museu dos Coches e espreitamos o restaurante da Fundação Champalimaud.
De seguida fizemos jus ao dia e comemos castanhas em frente ao Tejo. Foi lindo. Ainda tentamos visitar a Torre de Belém mas estavam doze pessoas à nossa frente na fila de espera e a Lúcia — com o seu bom senso — achou que seria coisa para demorar muito tempo. 
Além disso ela estava cheia de pressa para irmos rezar o terço no hostel. A devoção acima de todas as coisas. 
Para hoje, a Lúcia já escolheu o programa: vai ser Tuk-Tuk o dia todo. Compreende-se — é a 1ª vez dela. Será uma viagem idílica pelas sete colinas de Lisboa. Estou certo disso.

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