Não há
nada melhor que um amor feliz. Tudo se torna mais bonito, parece que vivemos
noutra dimensão. O que está à nossa volta é relativizado, Trump é um indivíduo
sem importância e a União Europeia pode acabar amanhã que ficamos na mesma.
O
problema é quando não somos felizes no amor. Ou porque não somos
correspondidos, ou porque não encontramos a pessoa certa. Aí pensamos uma vez
mais na inutilidade de tal sentimento e de como viveríamos melhor se ele
não existisse. Amava-se meio-dia, uma ou outra vez às cinco da tarde, vá lá, de
quando em quando, uma noite inteira.
Vem
isto a propósito daquilo que se está a passar com o meu amigo de adolescência
Vítor Antunes (o da fotografia) adorado pelas mulheres daquele tempo -- logo a
seguir a mim. Foi abandonado pelo seu amor. E sente-se terrivelmente só.
O Vítor
é um alto quadro numa empresa londrina, propriedade de um excêntrico escocês,
de nome Ian Wallace, que faz questão de vestir o kilt nas festas promovidas
pelos colaboradores da sede.
Este
meu amigo vive em paixão avassaladora no apartamento que divide com o seu
namorado, o também português Zé D'Orey, que por sua vez é assistente pessoal do
empresário escocês.
Na
semana passada, naquela que estava aprazada ser a semana das arrumações do
apartamento por parte do Zé, o malandro do amor pôs-se a andar para a mansão do
homem do kilt.
Que não
aguentava mais a recusa do sentimento e, ainda por cima, o Wallace tinha um
filho adoptivo, justificou uns dias depois o D'Orey.
Neste
momento o Vítor Antunes está só, vive a fase do nojo, e tudo isto faz-me muita
impressão por, entre outras razões, a nossa amizade ser tão antiga quanto os
nossos sonhos de felicidade futura. Coragem, Vítor.
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