sábado, 11 de fevereiro de 2017

O amor, esse sentimento estranho...


Não há nada melhor que um amor feliz. Tudo se torna mais bonito, parece que vivemos noutra dimensão. O que está à nossa volta é relativizado, Trump é um indivíduo sem importância e a União Europeia pode acabar amanhã que ficamos na mesma.

O problema é quando não somos felizes no amor. Ou porque não somos correspondidos, ou porque não encontramos a pessoa certa. Aí pensamos uma vez mais na inutilidade de tal sentimento e de como viveríamos melhor se ele não existisse. Amava-se meio-dia, uma ou outra vez às cinco da tarde, vá lá, de quando em quando, uma noite inteira.

Vem isto a propósito daquilo que se está a passar com o meu amigo de adolescência Vítor Antunes (o da fotografia) adorado pelas mulheres daquele tempo -- logo a seguir a mim. Foi abandonado pelo seu amor. E sente-se terrivelmente só.

O Vítor é um alto quadro numa empresa londrina, propriedade de um excêntrico escocês, de nome Ian Wallace, que faz questão de vestir o kilt nas festas promovidas pelos colaboradores da sede.

Este meu amigo vive em paixão avassaladora no apartamento que divide com o seu namorado, o também português Zé D'Orey, que por sua vez é assistente pessoal do empresário escocês.

Na semana passada, naquela que estava aprazada ser a semana das arrumações do apartamento por parte do Zé, o malandro do amor pôs-se a andar para a mansão do homem do kilt.

Que não aguentava mais a recusa do sentimento e, ainda por cima, o Wallace tinha um filho adoptivo, justificou uns dias depois o D'Orey.

Neste momento o Vítor Antunes está só, vive a fase do nojo, e tudo isto faz-me muita impressão por, entre outras razões, a nossa amizade ser tão antiga quanto os nossos sonhos de felicidade futura. Coragem, Vítor.

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