domingo, 25 de dezembro de 2016

Natal é isto


Recordar e voltar a ser. Por momentos que seja. Uma vez mais. De forma dolorosa ou não. Mas remisturando os dados. Percebendo de maneira diferente. E, principalmente, preservando-nos. O que passou não volta mais. Pode acontecer parecido mas nunca igual. Até porque não somos iguais para sempre. A pessoa alegre de ontem pode ser hoje um degradante retrato de si mesma. Merecendo o nosso amor ou não.
Uma coisa é certa: não se ama alguém por acaso. Por isso é que é difícil encontrar quem mexa connosco. Que nos convoque de corpo inteiro e de espírito. Por ser um sentimento tão selectivo nunca acreditei no fim do amor. Pode esmorecer, ficar entre parêntesis, esquecido até. Mas está lá. E capaz de voltar a nascer mais rápido que um semáforo vermelho que passa a verde.
Cumprindo-se desta forma o Natal, a Páscoa, o primeiro dia de férias, a celebração da Restauração, agora.
Marina Abramovic, Ulay, Leonard Cohen, Marianne Ihlen sabiam e sabem disto.

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