domingo, 12 de agosto de 2018

Anthony Bourdain

Ontem vi um dos programas do Anthony Bourdain. E lembrei-me das circunstâncias da sua morte. Há anos que vejo defendido em muitos artigos e livros de pendor filosófico o relacionamento livre entre um homem e uma mulher. E leio aquilo com enorme desconfiança. Tudo por causa do amor. Será que mesmo seguros de nós mesmos suportamos qualquer acção que a liberdade do outro persiga?
Bourdain teria vivido ao longo da vida episódios de depressão. Mas isso não explica tudo. Ou muito pouco. A paixão que dedicava à actriz Asia Argento não era coadunável com aquela espécie de acordo que fizeram, quais pássaros livres a voarem em espaços diferentes, “sem fronteiras de relacionamentos tradicionais”. 
Quanta ingenuidade, Bourdain! Os homens ainda não estão preparados para a sociedade feminista. Além de que são menos fortes porque menos independentes do que as mulheres. 
Ao mínimo gesto chauvinista da fêmea soçobram. Bourdain era invejado, idolatrado mesmo, por muitos. No entanto, perante a notícia de um flirt qualquer da fogosa Asia decidiu desistir de si, da filha de 11 anos, das delícias da mesa e do mundo. E a verdade é que o acordo firmado num momento de amor entre os dois previa tudo isto...
Para uma reflexão mais sustentada e demorada sobre o tema, atendo em consulta todos os dias de Segunda a Sexta. Basta marcarem com a minha assistente, a D. Lurdinhas

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Rapazes e raparigas


Vai longe esta rapariga. Muito longe. Tem o mundo na mão. O mundo e os inaptos dos rapazes. Coitados. O tempo deixou de ser deles. Nem sabem quem são, onde estão, o que vai ser deles. E a rapariga bonita a lançar o fumo do cigarro para cima da cara dos mancebos . O dístico “reservado” a rir de todos. Reservado para quem? Para ela, naturalmente. O problema é se, contrariando o destino, acabar um dia sozinha. Ou então a arrastar a beleza, entretanto enrugada, pelas esplanadas da vida. À procura de quem lhe dê só mais um cigarro. Por agora. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

O casamento

 

Dizem que o casamento é a melhor instituição alguma vez inventada pelo ser humano. Talvez tendo em conta que tem servido de estrutura formal sobre a qual assenta a sociedade. Pelo menos alguma dela. 
O problema é que relacionado com o casamento está ou pode estar o sentimento do amor. E este não foi inventado. Nasce connosco. 
Aqui reside a dificuldade disto. Se não fosse o amor tudo seria mais fácil. 
Gostava-se de alguém naquela noite e estava-se com ela. No dia seguinte outra e outra. Ou então de modo diverso. A sala só para nós, as pernas estendidas no sofá. 
Mas não. A natureza quis-nos a sofrer e a rir de felicidade por causa do amor. 
Dou consultas sobre o tema todos os dias, de segunda a sexta. Para marcarem basta contactarem a minha assistente, a D. Lurdinhas.