Têm razão, minhas
amigas. Foi o típico momento de fraqueza dos noivos. Pensei melhor no caso,
recorri aos meus companheiros de sempre — Heidegger, Levinas, Kierkegaard — e
encontrei a resposta às minhas dúvidas na teoria da relatividade de Einstein: o
facto de haver tanta gente a gostar de comer caracóis, não significa que eu
tenha de tolerar o malfadado petisco.
E foi assim que me decidi pela Lúcia. Passamos o dia
de ontem a passear. Os dois, de mão dada. Fomos visitar o MAAT, o Museu dos
Coches e espreitamos o restaurante da Fundação Champalimaud.
De seguida fizemos jus ao dia e comemos castanhas
em frente ao Tejo. Foi lindo. Ainda tentamos visitar a Torre de Belém mas
estavam doze pessoas à nossa frente na fila de espera e a Lúcia — com o seu bom
senso — achou que seria coisa para demorar muito tempo.
Além disso ela estava cheia de pressa para irmos
rezar o terço no hostel. A devoção acima de todas as coisas.
Para hoje, a Lúcia já escolheu o programa: vai ser
Tuk-Tuk o dia todo. Compreende-se — é a 1ª vez dela. Será uma viagem idílica
pelas sete colinas de Lisboa. Estou certo disso.
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