sexta-feira, 28 de julho de 2017

A Cuca Roseta e os gelados Magnum



Desde que casou que não a via. Há um mês, portanto. Rumei a Mirandela para assistir a um espectáculo dela. E perceber como estava. Milhares de pessoas à espera da Cuca Roseta num anfiteatro de granito ao ar livre em frente ao Rio Tua. Cenário lindo. Nunca tinha estado naquela cidade transmontana e gostei. Muito bem organizada em termos urbanísticos e com gente bonita. Este último pormenor já eu sabia. Principalmente nos olhos grandes que só podem ter explicação genética.

Mal me viram as autoridades da festa disseram-me para ocupar uma das cadeiras que estavam reservadas não sei para quem. Simpática a gente de Mirandela.

A actuar em parceria com a minha amiga uma orquestra sinfónica lá da terra fundada a partir de uma escola profissional de música (Esproarte). Realidade que se está a espalhar pelo país através da criação de conservatórios regionais. Lisboa não sabe de nada. Que se cuide. Portugal em matéria de educação está a mudar muito.

E eis que sobe ao palco a Cuca Roseta. Está igual. O corpo não mudou. Há algum tempo que sei que mesmo que uma mulher deixe de ser virgem as alterações físicas não são visíveis a olho nu. A verdade é que dançou, percorreu o palco com a elegância de sempre. Bem, também é verdade que já tem dois filhos. Mas mesmo tendo em conta que o novo amor é preparador físico o corpo mantém-se intocado.

Também é notório que não está grávida. Notava-se bem este facto de palpável importância por causa do vestido: amarelo, brilhante e vaporoso, feito a partir da parte de dentro do papel-alumínio que envolve os gelados Magnum. Era tão celofane e colado ao corpo (se exceptuarmos as pernas) que permitia ver que não está de esperanças. O preparador físico está em férias e a Cuca está com a agenda muito preenchida.

O cabelo, esse, se não tivesse sido convidado para as cadeiras das pessoas ilustres, este vosso amigo tinha caído de admiração. Foi sempre das coisas que mais gostei nela. Comprido, muitíssimo bem penteado, liso, belo, muito belo. Mesmo como eu gosto de ver nas mulheres. Não sei porque nem todas usam o cabelo assim. Talvez por não saberem que uma das graças maiores do género feminino está no cabelo. É para onde os homens de bom gosto olham em primeiro lugar.

E, depois, quando fazem como a Cuca que mexe no cabelo instante sim instante não, ai abençoadas cadeiras dos convidados que fui salvo por uma delas. Aprendam senhoras, o cabelo e as meias e a estabilidade do lugar sentado dos homens têm uma importância crucial caso queiram ou não um determinado cavalheiro.

Quanto ao resto, a minha amiga distinguiu-se pela simpatia de sempre e o porte aristocrático desprendido que a caracterizam. Ah! E cantou bem.

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