Estou numa sessão pública a ouvir uma
senhora deputada como oradora principal. Conheço-a há muitos anos. Destacava-se
pela beleza e pela serenidade que transmitia. Viajamos no mesmo automóvel
muitas vezes. Protagonizou a história de amor mais bonita de que fui testemunha.
Hoje olho para ela e confirma-se a minha
sensação de repugnância, de desdém consciente. Escrevi um dia que não acredito
na amizade. As pessoas transformam-se, são máscaras estranhas daquilo que um
dia foram. Principalmente se entretanto se tornarem representantes da nação. E
salvo honrosas excepções ser deputado vale muito pouco.
Às vezes a vida é uma tristeza.
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