Tal como os cavalos do carrossel eu não aceito a prisão de ser apenas uma escolha. Quero ser várias. Hoje mestre de cerimónias, amanhã só eu e o mar. Operoso e amante das esplanadas de nada fazer. De esquerda no Restelo e de direita no Barreiro.
Os actores, as personalidades públicas, os escritores estão autorizados a serem diversos num só. Eu também quero. Eu e o Pessoa redivivo.
É por isso que a mentira para mim não é somente mentira. É outra possibilidade de ser. Se calhar melhor.
Perceberam agora amigos que nunca me entenderam antes?
Eu quero fugir do carrossel sem destino e andar e errar e acertar no caminho. E ter histórias para guardar. As 722 mil que vivi não me chegam.
Ouviste... deus dos outros?
Sem comentários:
Enviar um comentário