sábado, 14 de abril de 2018

A propósito do dia do beijo


Só hoje posso dizer-vos, caros aprendizes, e a pedido de muitos, como se deve levar a bom termo o ósculo amoroso. Eu sei que a comemoração era ontem mas passei as últimas 24 horas em Damasco, numa operação ultra-secreta, e nem do beijo me lembrei. 

Vamos lá então: O cavalheiro deve aproximar-se delicadamente do rosto da senhorita e solicitar a toma dos lábios. 

Respondido que sim, e perante aquelas protuberâncias carnudas entreabertas, o amante toca deslizando devagar o vermelho da sua boca na boca da mulher. Nessa altura ambos vão começar a sentir as línguas tímidas a procurarem-se e a secreção salivar a fazer de mar encapelado em dia de Verão. 

É então que os corpos devem aproximar-se ainda mais ao mesmo tempo que os seios fazem de rolo de máquina de escrever no corpo do cavalheiro. 

Resta à senhorita perder a vergonha que propriamente nunca teve e já nua de adereços normativos e outros ordenar ao macho tremeluzente que se dispa.

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