sábado, 9 de fevereiro de 2019

Esclarecimento


Uma brincadeira em vídeo produzida por uma rede social sobre os amigos da minha vida acabou por me trazer dissabores. Muitos (muitas) queixaram-se de no vídeo em questão só aparecerem mulheres e todas elas bonitas. Importa saberem duas coisas: só tenho amigos mulheres (com raríssimas excepções, geralmente relacionadas com a minha infância); todas as minhas amigas são bonitas. 
Isso explica o que se passou no tal vídeo. Inicialmente apareciam os de sempre, quase todos meus familiares. Achei melhor alterar o que podia alterar. Pedi autorização ao Dr. Zuckerberg e escolhi rostos diferentes do habitual. Como fiz essa selecção? É fácil: tendo em conta que são todas bonitas as minhas amigas, limitei-me a escolhê-las a eito. Estão todas seguidas pela ordem alfabética no meu grupo de amigos virtuais.  
Como é possível tal coisa?, perguntam os mais desconfiados. É que além de bonitas são também inteligentes. E tal como explico todos os anos aos meus alunos, a beleza faz-se. Pode-se ter o rosto mais harmonioso de todos e não resultar em situação alguma. Outras pessoas há que perante os flashes se transformam, vencem os castings das televisões ou os corações daqueles que são os seres mais pretendidos. 
Quem trabalha com a imagem sabe de tudo isto. E depois é só criar um personagem que assente como uma luva na nossa forma de ser, com quem nos identifiquemos. Quer dizer, que faça de cada um actor de tela grande ou figura saída de um romance. 
Uma última confidência: as pessoas que guardo mais no coração por questões de sangue ou de amor são as mais discretas na tal lista virtual de amigos. Fazem parte dele, andam por aí, mas aparecem com algum pundonor no tempo e no relevo que lhes é proporcionado. 
É o caso da minha primeira namorada Anabela, que já naquela tempo prometia vir a ser bela, e que hoje resolvi trazer à estampa através da fotografia que se junta a este arrazoado. 
Espero que ela não leve a mal. 

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