— Nos feriados sinto-me sempre assim. Melancólica, sem saber o que fazer, à espera do momento seguinte. Claro que posso a qualquer momento telefonar ao Tó e ele leva-me onde eu quiser. Mas diz de todas vezes as mesmas coisas: a mãe trata-o como um menino, o governo do Costa constitui uma desgraça para Portugal, o trabalho no banco a chegar ao limite do suportável. Por isso é que prefiro a companhia do Ardente, um puro-sangue lusitano. Ele e as minhas calças brancas fazem-me desmemoriar do gabinete vazio onde não vou trabalhar hoje.
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