Hoje passei por ele e resolvi sentar-me num dos bancos a olhá-lo.
No dia das efemérides. Uma que corresponde a uma ideia geral, a um conceito que há novecentos anos tem vindo a fazer caminho – a maior parte das vezes de forma sinuosa. Refiro-me, naturalmente, a esse belo país, dolente e magistral, remediado e opulento, que se chama Portugal.
A outra que se refere à mais concreta das realidades, de abrangência pessoal e, por isso, intransmissível. Rosa-dos-ventos da minha vida, esteio seguro num percurso inconstante, garante de futuro onde parece haver só passado.
A primeira, utopia transformada em terra e mar. A segunda, mulher que nasceu para ser corpo e mente materializados numa utopia em formação. Saber-fazer em substância viva.
Uma que vem de, outra que vai para – ambas com o tempo como horizonte de explicação.
As duas comemoram em 10 de Junho o seu dia. Amo uma e outra. Mais do que isso: elas são o leitmotiv da minha vida. A ideia e a realidade. Às vezes o contrário. E aí reside o assombro de tudo isto.
Adeus, castanheiro – história e fruto, sombra e alimento. E sobrevivência.
Feliz dia, meus amores.
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