quarta-feira, 2 de novembro de 2022

A pecadora inconformada


“Perdoa-me, Senhor Deus, que eu não paro de pecar. São os homens, é a noite, é a festa… e eu não sei ficar quieta a adiar aquilo que me faz realmente feliz. Talvez não seja forte o suficiente, talvez a vida a que me obrigam não seja para mim. A monotonia cansa-me, as pessoas no trabalho cansam-me, chego ao fim do dia frustrada pelo tempo que não vivi. Que me perdoe o Artur, o Américo e o pai dele, o Zé Manel, o Benjamim e o Ribeiro e todos os outros a quem prometi o que não dependia só de mim. Sim, porque eu não sou dona do meu corpo nem do meu pensamento.”

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