Tudo nesta fotografia obedece às leis da proporcionalidade, do equilíbrio, da racionalidade. Uma escada transformada em conceito possível de vida. Desenhada a partir do engenho maior de que o arquitecto se serve: o traço. Sortilégio muito difícil de atingir. Exige treino e talento. É exactamente aqui que a mundialmente conhecida Escola do Porto se distingue. Com os mestres a dizerem que não sabem desenhar. Nem precisam. Basta-lhes saberem conceptualizar a vida a partir de uma perspectiva própria. Afirmando-a na firmeza do risco que traduz a infinitude do espaço e da vida. Ao contrário do que acha o indivíduo que desce a escada e não vê saídas para os problemas que o consomem. É a luta já estafada da religiosidade contra a dialéctica histórica.
Sem comentários:
Enviar um comentário