segunda-feira, 12 de março de 2018

O gato


É nosso às vezes e quase nunca. Só quando ele quer. Esgueira-se por qualquer lado e volta e vai outra vez. Arranha quando quer brincar e sorri o malandro. Ronrona deitado ao lado do dono como se fosse o ser mais dócil de todos. Mia quando quer seduzir e obter alguma coisa. Gosta do calor desde que não seja demasiado. Nunca se sabe o que vai fazer a seguir. E olha terno quando está para aí virado; outras vezes levanta em curva o corpo e olha em desafio. Nesses momentos fica em posição de ataque. Até lhe dar vontade de roçar as pernas do dono num vai-vem de quem sabe namorar. Deita-se no colo das crianças como se fosse uma delas. E lambe o rosto das pessoas explicando-lhes que é assim mas não é mau tipo. Sabe-a toda. Parece as mulheres. Por isso é que elas gostam tanto de gatos. Revêem-se neles. Olha, já se escapou! Como eu gosto de cães.

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