quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

As ondas da Nazaré


O amor a festejar o abraço dos corpos. E o chão dos nossos passos quase a estremecer. A vertigem da festa em noite de Verão está quase, quase...
— Amas-me?... diz-me que me amas Raimundo!
A onda grande da praia da Nazaré a chegar... o quarto quente e abafado a precisar de respirar. 
— Estou pronta Raimundo... escusas de esperar por mim. 
— E o que achas do Carlos César? — perguntou o homem bonito que surfava o corpo da jovem. 
Nesse momento um vento frio entrou pelo quarto adentro. Os corpos voltaram a ser os de sempre. O amor foi-se embora zangado com a festa que não chegou a acontecer. 
— Sabes uma coisa, Raimundo? Tu e o Carlos César são uns autênticos empatas. Em vocês não voto mais. E é escusado dizeres-me para ter paciência. Nem eu nem o Zé-Tó vamos demorar mais no amor.

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