quarta-feira, 2 de março de 2022

Ser livre


No princípio somos células nervosas e sinapses que estabelecem relações entre elas. Mais nada. O sistema nervoso é a casa das máquinas de um navio perdido em pleno mar. Por isso é que quando nascemos, a liberdade na escolha das sinergias nervosas ainda é muito grande. Depois vêm as convenções sociais, a escola, a vizinha do 3* andar e, quando damos por isso, tornámo-nos funcionários de manga de alpaca, iguais a todos os outros. 
Claro que, como em tudo o resto, há um ou outro indivíduo que não vai por aí. Que faz questão de permanecer livre. Ou quase. Fica agarrado à condição de extravagante numa sociedade que não o aceita. E sofre. 

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